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Gessica Marques

Ao pensar o documentário como mídia de memória, reconhecemos o afeto, o símbolo e o trauma como estabilizadores da recordação deste tipo de cinema, que a partir da década de 1960, interessou se não mais apenas pelos vestígios, mas também pelas testemunhas, segundo o pesquisador Cássio dos Santos Tomaim, em sua pesquisa em cultura audiovisual. Esta exposição buscou o testemunho oral como principal dispositivo do mini documentário para acessar as memórias coletivas , em Maragogipinho, Bahia, no dia 14 de Outubro de 2023. 

Entrevista com o Sr. José Souza Neto.


O minidocumentário se estabeleceu através de uma conversa e entrevista, com o Sr. José Souza Neto, com duração de 4min e 32s ,em sua casa, localizada em Maragogipinho, BA. Sr. José Souza Neto , nascido em Maragogipinho, BA, é pescador e artesão local. Durante o trabalho de pesquisa de campo para o desenvolvimento da exposição, escolhi seguir o percurso onde se localiza a produção de objetos que utilizam o Barro e a argila como matéria-prima: Olarias. Durante o percurso, conheci duas crianças moradoras da região, que me guiaram para conhecer o local, Chama- se: Roger e Rita. Roger e Rita me mostraram as canoas, o rio, me apresentaram alguns moradores da região, sendo um deles, o José Neto. O mesmo me convidou a entrar em sua casa, e conversamos durante 4 min e 32s aproximadamente, sobre sua relação com o entorno, seu trabalho com a pesca, com o artesanato , além de apresentar sua produção dos biscoitos dos cavalinhos até o forno, e como funciona a mercado dos cavalinhos no local. José Neto herdou de seu pai o conhecimento sobre a pesca e o artesanato, e segundo o mesmo, o seu pai foi o mais antigo pescador local, e desde criança adquiriu os conhecimentos com o seu pai e avô . José produz em média 30 biscoitos por dia , e em média 500 por mês, de tamanho pequeno, e depois vende os para as lojinhas em Maragogipinho . É através da pesca e da produção de cavalinhos de cerâmica, que o SR. José sobrevive e mantém a sua família. O Minidocumentário disponível na exposição, tem a permissão do José para a divulgação após externar o objetivo da minha pesquisa: registrar e difundir o seu trabalho.


Fotografia com Roger e Rita.


























¹ Imagem Autoral

¹ Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 


Referência: 

TOMAIM, C. dos S. O documentário como “mídia de memória”: afeto, símbolo e trauma como estabilizadores da recordação. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, [S. l.], v. 43, n. 45, p. 96-114, São Paulo, 2016. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2023.



1 comentário:

  1. O texto mostra uma síntese documental, embora sem uma identidade que remonte à museologia.

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